Em aprovação recente, a Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) deu parecer favorável, no dia 09 de Setembro de 2008, ao projeto que lei que institui o Dia Nacional do Historiador. A proposta era homenagear os historiadores é de autoria senador Cristovam Buarque (PDT-DF), e originalmente, o texto estabelecia que a data seria celebrada no dia 12 de Setembro. Porém, o relator da proposição na CE, senador Augusto Botelho (PT RR), propôs uma emenda aprovada pela comissão que altera a comemoração para a presente data, dia 19 de Agosto. O dia também foi escolhido para homenagear Joaquim Nabuco, que nasceu em 19 de Agosto de 1849 e também foi historiador. O senador justificou a lei com a valorização do profissional que se dedica à tarefa nobre de preservar a história e não deixar suas passagens desaparecerem com o tempo. Segue, na íntegra, a justificativa de Cristovam Buarque. JUSTIFICAÇÃO (por Cristovam Buarque)Um povo sem história é um povo sem memória. Essa afirmação, mais que um dito já popular, é também uma verdade histórica, pois todos os agrupamentos humanos que não preservaram sua memória – em histórias, documentos, objetos de arte e arquitetura – acabaram sucumbindo a ditaduras e até acabaram por desaparecer da face da Terra. Por essa razão, não apenas a disciplina que trata das histórias dos povos deve merecer nossa atenção, mas também os cientistas que se dedicam a essa tarefa tão nobre. Obviamente, a história se faz por seus protagonistas: lideranças políticas, religiosas e econômicas, por um lado; grupos populares, lutas contra a opressão e pela libertação, por outro. E para registrar tudo, o historiador. E de tal modo é importante o papel dos historiadores que, por vezes, eles ajudam, também, a reconfigurar a história de um País.Ao lado da Filosofia e da Literatura, a História está presente desde os primeiros momentos da nossa tradição ocidental, constituindo um dos saberes mais antigos de nossa civilização. (…)