O Fórum de Discussão Estudantil, simulação de organismos internacionais nos moldes da ONU (Organização das Nações Unidas), este ano reuniu estudantes do Ensino Médio de Porto Velho em um “Conselho de Segurança” para debater sobre os conflitos envolvendo vários países sobre a Guerra na Síria. Além da cidadania, o projeto visa desenvolver os participantes em diversas áreas do conhecimento.
Durante o fórum, cada aluno participante recebe a missão de representar um país, o que faz com que eles estudem e aprofundem suas visões a partir das informações sociais, econômicas e culturais de cada nação. Suas opiniões pessoais os ajudam a lidar melhor com as situações, mas não interferem na condução das tratativas.
Melissa Venturelli, estudante da 2ª série do Ensino Médio, esteve presente pelo segundo ano consecutivo na simulação. Ela afirma que conseguiu ampliar sua visão sobre os conflitos mundiais a partir da exposição de cada aluno, diante das pesquisas sobre seus países.
“O seu papel é defender aquele país, por mais que pessoalmente você seja contra ou a favor. São experiências que todos os deveriam ter para poder globalizar seus pensamentos cada vez mais e saber como ter posicionamentos e críticas em relação a assuntos mundiais”, afirma.
Diante dos desafios da simulação, Melissa dispara: “Os conhecimentos aprendidos na escola me ajudaram bastante, como manter a calma, falar pausadamente e oratória”. Ela que ganhou menção honrosa como uma das melhores delegadas da simulação, é aluna do Sapiens High School, programa de Ensino Médio americano onde os alunos estudam como se estivessem em uma escola nos Estados.
Pedro Paulo, da 3ª série do Ensino Médio no Colégio Sapiens, conta que as atividades desenvolvidas durante o fórum envolvem seções presentes com debates, votações e proposituras de documentos, soluções e uma noite cultural onde apresentam detalhes de cada país, como história, cultura, gastronomia etc.
O estudante, que está na sua primeira participação, foi eleito o melhor delegado com base na defesa do posicionamento do seu país, clareza no discurso e solução de problemas. “Foi um momento incrível e que nunca vou esquecer”, destaca.
Ana Clara Lisboa, egressa do Colégio Sapiens que já participou da simulação em anos anteriores como delegada, este ano participou como gestora da Interbrasil Rondônia. A ex-aluna, que já representou o Estado na etapa nacional, conta que atingiu objetivo por conta dos contatos feitos desde 2016 e as habilidades de oratória, economia e debate, ensinadas no High School.
“Minha primeira vez como gestora, estar no cargo que sempre quis estar foi inacreditável e até agora não caiu a ficha, mas a avaliação foi bem positiva tanto dos alunos quanto da organização”, comemora Ana.
Após essa fase local, os melhores delegados vão para Brasília representar seus Estados em novas discussões, que também simulam o fórum da ONU durante cinco dias. O melhor do país ganha o direito de participar da simulação que será realizada nos Estados Unidos, nas universidades de Harvard e Yale.
Com resultado divulgado nesta segunda-feira (12), os alunos do Colégio Sapiens lideram o número de delegados do Estado que vão representar Rondônia na etapa nacional. São eles:
- Isabella Ferrer Zanfolin Góis – França
- João Guilherme Torres Machado Santana – Cuba
- Kayke Gabriel Felicidade Cardoso – Suécia
- Luca Silveira Peçanha do Carmo – Emirados Árabes Unidos
- Melissa Bucar Venturelli – China
- Pedro Paulo Pelegrini Barreto – Venezuela
- Renan de Oliveira Matias – Reino Unido
- Rodrigo García Assunção de Matos – Líbano
Formação dos estudantes
A diretora pedagógica do Colégio e Curso Sapiens – Unidade Jardim das Mangueiras, Cida Fernandes, comenta o desempenho dos alunos que participaram da simulação. “Nós participamos do fórum desde 2016 e todos os anos os estudantes recebem reconhecimento como destaque”, ressalta.
Para ela, o diferencial está na formação deles em sala de aula. “Os alunos possuem disciplinas que desenvolvem competências sócioemocionais para analisar melhor as situações com empatia, calma e clareza, também trabalham seu discurso através da oratória e até mesmo a busca por informações dentro e fora de sala com as metodologias ativas, que colocam o discente como protagonista do processo de ensino-aprendizagem”, conclui.