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Preparação de olho na “hora H” – o vestibular

Nesse período, a dúvida é como organizar uma rotina de estudos para os últimos dias de preparação. E, mais que chegar à prova com os conhecimentos na ponta da língua, os experts em concursos alertam: o desafio é saber manter a calma para que os fantasmas da ansiedade e do nervosismo não apareçam na hora H. Na frenética corrida contra o tempo, o primeiro passo, segundo o psicólogo e especialista em orientação vocacional Joyldson Gouvêa, é estabelecer horários rígidos para os estudos e aproveitar cada minuto para fazer uma boa revisão das matérias. “Agora, já não é mais hora de investir em novos conteúdos, pois o prazo é muito curto. Isso pode gerar insegurança e o aluno ainda corre o risco de desperdiçar um tempo precioso de rever conhecimentos adquiridos ao longo do ano. Por isso, o ideal é dar prioridade aos resumos e à solução de exercícios”, diz Joyldson. Segundo ele, o melhor é reservar de quatro a seis horas diárias para o estudo em casa, além do período dedicado ao colégio e aos pré-vestibulares. Os estudantes ainda devem ter o cuidado de intercalar disciplinas complicadas com outras mais simples, gastando de 50 minutos à uma hora para cada uma delas. “Esse é o tempo ideal para cada matéria, porque depois disso o aluno começa a perder concentração. Ele deve começar sempre pelas mais difíceis, quando ainda está mental e fisicamente descansado, e depois partir para as mais fáceis. Por exemplo, estude 50 minutos de física e faça um intervalo de 10 minutos. Depois, passe para a história e dê mais um tempo de relaxamento. Em seguida, vá para a matemática e termine com o português”. FAMILIARIZAR-SE COM AS QUESTÕES Na reta final, outro importante aliado dos candidatos são os simulados. Mesclar a revisão de conteúdos com a resolução de provas de vestibulares passados é o principal conselho de professores, como Geraldo José da Silva, um dos coordenadores pedagógicos do Colégio Pitágoras em Belo Horizonte. Segundo ele, o contato com os exercícios ajuda o aluno a se familiarizar com o tipo de questão cobrada em cada instituição. Toda prova tem sua surpresa, mas os enunciados, os formatos de texto e os tipos de cobranças não mudam muito em uma mesma universidade. Por isso, os apanhados de questões antigas ajudam bastante. O aluno deve praticar e se preparar para aplicar tudo o que já sabe naquela prova. Isso, com certeza, dará bom resultado, aposta Geraldo. Certos de que estudar é realmente o único caminho para chegar à universidade, candidatos apostam em técnicas e artimanhas para garantir boa preparação. A estratégia de Juliano Vale, de 18 anos, é ter sempre um cronômetro em mãos para medir o tempo gasto nos simulados.”Uso como base o vestibular da UFMG e divido o tempo de quatro horas e meia para resolver 64 questões. Tento criar esse ritmo, porque sei que não adianta nada fechar uma prova gastando, por exemplo, uma hora em cada matéria. Os professores sempre repetem que o desafio é trabalhar a inteligência emocional, ou seja, equilibrar a ansiedade e manter a autoconfiança”, diz o candidato ao curso de direito. Além de correr atrás do conhecimento, especialistas reforçam a importância de reservar um tempo para o lazer e o descanso. “é muito comum os alunos estudarem de maneira exagerada na reta final e chegar ao vestibular desgastados, sem calma e tranqüilidade para encarar os testes”, afirma o professor Geraldo. Quem segue à risca esse conselho é a estudante Jéssica Diniz Ferreira, de 18. De olho numa vaga de medicina, ela investe numa pesada rotina de estudos, mas sem abrir mão das folgas. “Minha prioridade agora é o lado emocional, por isso estou tentando desacelerar. Não vou pensar no que deixei de fazer ou de estudar e vou apenas tentar relembrar tudo o que já aprendi. Minha fuga são as aulas de balé, quando desligo dos problemas e relaxo o corpo”, conta ela, que vai tentar quatro vestibulares no fim do ano.

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